Pe. Moacir partilhando a produção do roçado. Foto: Pe.Evando Prestes a completar 84 anos, o velho missionário de coração sertanejo, mantém-se firme enfrentando os reveses da vida. Na casa simples, cedida no assentamento Jardim, no sertão de Aratuba, o padre Moacir Cordeiro Leite estabeleceu sua morada. Sem luxo, sem conforto urbano e, agora, sem metade do salário que recebe do Fundo de Sustentação dos Presbíteros, o homem que dedicou toda a vida á Igreja, não cansa e reinventar-se e, como dizia o Patativa, “de riso na boca, zomba do sofrer”.
Na Aratuba querida Por ele tão visitada Se reunia com a gente Debaixo de uma latada Quando era aqui no sertão Comia nosso pirão Dormia em nossa morada Assim cantou o poeta Alfredo Paz em seu cordel comemorativo dos 50 anos da libertação da terra e dos meeiros nas fazendas São Miguel, Ipueira da Vaca e Logradouro, no sertão de Canindé. O folheto foi distribuído durante a missa que, além do cinquentenário da Reforma Agrária, celebrava os 38 anos da doação das terras compradas pela Igreja para o INCRA em 1986 e o início do ano comemorativo do centenário de Dom Aloísio Lorscheider. A importância do cardeal nesse processo de libertação é imensurável. Sua dedicação e sensibilidade encantam até hoje os que tomam conhecimento do seu trabalho. Mas o encantamento também se deu da parte de Dom Aloísio. Encantou-se ele com as comunidades que mesmo em meio ao sofrimento demonstravam grande delicadeza, bondade e cortesia. Aqui, transcrevemos uma carta, uma obra prima não inferior aos escritos ...
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